terça-feira, 14 de dezembro de 2010

TEXTO SOBRE EDUCAÇÃO

Só para corroborar com o assunto do último post, gostaria de divulgar um texto muito legal que saiu no UOL sobre problemas na educação brasileira. Minha proposta de aumentar a exigência na frequência escolar é apenas mais uma idéia para tentar ajudar na melhoria da nossa educação. Outro ponto que devemos discutir é a baixa remuneração dos nossos professores. A LUTA POR SALÁRIOS TEM IMPACTO SIM SOBRE A QUALIDADE DO ENSINO, O QUE SE QUESTIONAVA NO PASSADO AGORA É PROVADO POR ESTUDO DA OCDE (Organização para a Cooperação Econômica Europeia), A SOLUÇÃO NÃO PODE SER única, mas passa por melhoria de salários sim.

Texto retirado do site UOL (http://ow.ly/3peTo)

Pisa: melhores salários a professores dão mais resultados que turmas menores

Rafael Targino
Em São Paulo

O Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes) 2009, divulgado na semana passada pela OCDE (Organização para a Cooperação Econômica Europeia), chegou à conclusão, depois da análise dos resultados, que sistemas considerados de sucesso gastam muito dinheiro em educação e tendem a priorizar o salário docente à formação de classes menores.

De acordo com a pesquisa, o melhor desempenho dos estudantes está relacionado aos salários mais altos dos professores e não a turmas com menos alunos. Para a OCDE, os sistemas que fazem isso comprovam pesquisas que “afirmam que aumentar a qualidade do professor é uma rota mais efetiva para melhorar os resultados dos estudantes do que criar turmas menores”.

Recursos
Dentro dos países, afirma o Pisa, escolas com melhores recursos geralmente têm desempenho melhor por tenderem a ter mais estudantes “sócio-economicamente favorecidos”. Alguns locais, diz a pesquisa, têm grande relação entre os recursos e o ambiente demográfico e sócio-econômico da região onde as escolas se encontram.

“Se a maioria ou todas as escolas tiverem o mínimo de recursos necessários para permitir um ensino efetivo, recursos materiais adicionais podem fazer mínima diferença nos resultados”, diz o relatório.

E no Brasil?
Para Daniel Cara, coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, também no Brasil o foco no professor é sempre a variável mais importante. “Mas só o foco no professor não vai surtir os efeitos necessários. Claro que o primeiro passo é esse. Investir em formação continuada. Só que esse passo não vai ser suficiente pra resolver o déficit educacional brasileiro”, afirma.
“O grande caminho agora é incentivar a renda das famílias. Quanto maior a renda, maior a escolaridade”, diz Cara.

3 comentários:

  1. Concordo que a melhor remuneração do professor é uma variável que deve ser analisada sempre. Porém, é tão óbvio que maior renda, maior a escolaridade e que, além disso o fator de "incentivar renda" é a pior parte em tudo isso. A facilidade de acesso ao Ensino Superior já mostra seus avanços quando verificamos a alta ofertas de vagas para cargos operacionais e a falta de candidato para os mesmos, afinal, quem cursa um Ensino Superior não quer aquele montante de cargos que encontramos na Agência do Trabalhador, por isso, ele estuda. Porém, o Brasil não tem preparação para "engolir" todos os milhões de profissionais que são jogados no mercado de trabalho a cada ano e, estes, PROFISSIONAIS, lutam por vagas de remuneração quase negativa em comparação ao tanto de tempo que se dedicaram estudando e muitas vezes, pagando MUITO para ter um diploma. Aí a bola de neve continua, pois como esses novos profissionais podem aumentar a renda se há escassez de vagas que os valorizam? Alguns vão para o concurso público que vêem como a única alternativa de ter um contra-cheque que seja o dobro do valor da mensalidade que ele pagou pra estudar.

    Não adianta dar educação, se dali pra frente não há um sistema que englobe esses novos profissionais dotados de boa educação. Porque passou dali, eles simplesmente não têm valorização alguma. Ou seja, o ciclo deve ser alimentado como um todo, não adianta ter educação se o mercado não é capaz de valorizar isso.

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  2. Flávio, acho que a remuneração é muito importante como parte do processo. O problema é que no Brasil os governos vão arrumando soluções paliativas, que não mexem com o sistema. Vão remendando a educação e isso é muito RUIM. Temos que revolucionar essa pasta com aumento de salários, condições de trabalho, etc, etc, etc...

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  3. Flavio.
    A maior parte dos estudantes de 3° grau (Universitários) estão nas mãos das instituições particulares cujos gestores até agora não assumiram a responsabilidade de uma formação educacional de melhor qualidade. Estão se locuplentando com tanto dinheiro que se esqueceram de ofertar serviços educacionais de melhor qualidade. Se algum mérito existe fica por conta dos abnegados professores que apesar da baixa remuneração, na maioria, amam o que fazem e fazem bem feito. Esta na hora do poder publico olhar o que estas istituições estão fazendo. As universidades públicas, essa não tem o que fazer, pelo menos nessa geração.

    Levy Frank

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